sexta-feira, 28 de março de 2008

Conclusão

Hoje em dia as telecomunicações evoluíram de tal forma que o outro lado do mundo parece ser já ali ao virar da esquina.
Dispondo-se de um equipamento – Sistema INMARSAT – de pequenas dimensões, concebido até para suportar as mais adversas condições atmosféricas, contacta-se com todo o mundo, desde que se respeite, obviamente, algumas regras, como por exemplo, o alinhamento da antena com o satélite da respectiva zona oceânica, tendo em conta que os principais 4 satélites geoestratégicos de comunicações, encontram-se colocados sobre a linha do Equador: Região Atlântica Este (AOR-E); Região Atlântica Oeste (AOR-W); Região Atlântica do Índico (IOR) e Região Atlântica do Pacífico (POR), cuja antena do próprio equipamento deverá ser alinhada (linha de vista) com o satélite pretendido, permitindo também escolher a estação terrena (LES) desejada. Os actuais equipamentos são hoje em dia fáceis de sintonizar e de operar, até porque a tampa da mala lhes serve de antena. As coisas ainda se tornam muito mais fáceis se falarmos das potencialidades dos telemóveis e da própria internet. O telemóvel tornou-se o símbolo e o mito de uma sociedade tecnologicamente avançada, mas vazia de humanismo, de sentido de existência e de liberdade.

Resumindo:
Trabalhei entusiasticamente durante muitos anos nas telecomunicações e interpreto que o ciclo de comunicação e a sua eficácia abrange desde a intenção e os meios com que conta o remetente, até à recepção, interpretação e concordância do destinatário.
A satisfação de ter contribuído com algo de positivo, é para mim um factor relevante no sentido de ter ajudado a transmitir que a instituição PSP, dedicada à segurança e tranquilidade públicas e à protecção dos direitos, liberdades e garantias do cidadão, se esforça para cumprir bem a missão que lhe está atribuída.


Num âmbito mais abrangente, estou certo de que a Instituição sempre se esforçou para cumprir bem a sua missão e que encara o futuro com optimismo por na actualidade estar a construir uma polícia à altura do seu tempo combatendo sentimentos de insegurança que porventura possam existir.
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Comentário
NOCA disse...
"Gostei de ler este post porque ele revela um profundo conhecimento técnico do fenómeno da Comunicação, tendo como suporte as transmissões como tecnologia comunicacional.
Esta abordagem sugeriu-me olhar para as novas tecnologias audio/visuais como extensão dos sentidos, que hoje permitem a quem as utiliza atingir níveis de conhecimento e de comunicação absolutamente impensáveis há pouco mais de um século.
Se pensarmos que todo o conhecimento vem pelos sentidos, como disseram os filósofos gregos, e que os sentidos (audio e vídeo) ampliaram os respectivos raios de acção sem limites, compreenderemos que a humanidade está num novo patamar de evolução/mutação que poderemos comparar ao relatado pelos livros sagrados das religiões monoteístas correspondente ao momento da criação, (para os crentes), ou ao dia em que os primeiros seres humanos se reconheceram como seres individuais e distintos, (para os que admitem a evolução das espécies).
O problema agora será saber como vai a humanidade sair-se desta Torre de Babel a nível global.
Eu sou optimista e acredito que vai haver uma saída para melhor".
30 de Março de 2008 18:08
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No livro

Meio a brincar, meio a sério, também já escrevi um livro (ano de 2003), a que às vezes rotulo de “o meu dossier”, a que dei o título: “Memórias de Um Passado Recente”. Falei da minha infância, do meu concelho (Vila-Museu – Mértola, que foi capital de um reino muçulmano – Taifa), dos usos e costumes da região, da ida para a tropa, do ingresso e dos quase 35 anos de serviço activo na PSP, da aposentação, do Montijo onde resido, etc., e, como não podia deixar de ser, também falei da “Rádio e da Televisão”. Disse:
“ A rádio e a Televisão
Até à década de “50” a Informação Radiotelefónica não chegava com regularidade aos Moinhos de Vento – Mértola. Muito poucas, mas mesmo muito poucas, eram as pessoas que tinham telefonia (um enorme caixote) em casa; todavia, essa situação nãos se passava somente naquela região do Alentejo; acontecia um pouco por todo o País, nomeadamente, nas zonas rurais; porém, não podemos pensar que, o aparecimento da “Rádio”, em Portugal, existia há muitos anos! O seu historial, é o seguinte:
As primeiras emissões radiotelefónicas regulares em Portugal foram feitas em Lisboa, em 1925, pela estação amadora CT1AA, que se manteve no ar até ao aparecimento da rádio oficial. A rádio particular nasce em Fevereiro de 1931, com as emissões do Rádio Clube Português. Só dois anos depois surge a Rádio Oficial que em 1936 consegue autorização para a emissão de publicidade. A Emissora Nacional só foi constituída oficialmente em 1940. Hoje em dia, proliferam as estações locais, que se orientam exclusivamente para a sua região, enquanto na capital vários grupos disputam entre si a atribuição das frequências nacionais.
De Televisão, nesse tempo, nem sequer se ouvia falar, até porque a actual Rádio Televisão Portuguesa (RTP), comemorou os seus 46 anos de vida no dia 07 de Março de 2003. O início das emissões regulares televisivas partiu dos Estúdios do Lumiar, difundidas por um pequeno emissor provisório, de fraca potência, instalado em Monsanto, precisamente no dia 07 de Março de 1957; além disso, até chegar ao Alentejo profundo demorou algum tempo, porque a aquisição e instalação de repetidores por esse País fora, até à sua cobertura total, demorou ainda alguns anos.
Especificando melhor esta questão, poder-se-á dizer, com alguma segurança, o seguinte:
Em 1884, o engenheiro alemão Paul Nipkov patenteou a experiência de um aparelho óptico-mecânico designado por “disco Nipkov”, mas a experiência não viria a ter futuro imediato;
O inventor Jonh Baird, em 1926, seguindo as já longínquas experiências do referido engenheiro alemão, deu passos significativos nessa área e, uma transmissão entre a Europa e a América, foi conseguida em 1928. De qualquer maneira, sem a invenção do iconoscópio pelo cientista russo-americano Valdimir Zworkin, a televisão não seria ainda hoje mais do que uma simples curiosidade.
Em Portugal, a Rádio Televisão foi criada em 1955 e os seus primeiros centros emissores (Monsanto – Lisboa; Lousã – Centro e Monte da Virgem – Porto) entraram em funcionamento em 1957.
O nosso tempo, caracterizado por prodigiosas descobertas e avanços nos domínios da ciência e da técnica, ficará certamente na história como o tempo das comunicações”.

Trabalho a sério!

Na Revista “Polícia Portuguesa”, nº. 42, de Nov/Dez, de 1996, o Chefe do Serviço de Transmissões da PSP, no seu discurso relacionado com o “Novo Sistema de Comunicações”, disse:
“ …………………………………………..
A PSP dispõe de um sistema de telecomunicações que satisfaz as suas necessidades operacionais. Quem o diz, são todos quantos na PSP desempenham funções de comando; a ausência de reparos ou reclamações na Superintendência Geral assim o confirma.
O pessoal que integra o serviço de transmissões orgulha-se da dimensão e eficiência das transmissões da PSP. O chefe do serviço comunga desse orgulho e entendeu ser oportuno aproveitar a última das muitas visitas de V. Exª. como Comandante-Geral a este Centro de Transmissões para em rápido balanço lhe prestarmos contas e dizer do quanto a PSP e o seu Serviço de Transmissões devem ao entusiasmo e apoio prioritário que, quer publicamente, quer na privacidade do despacho V. Exª. sempre lhes deu.
.................................................. “

Segundo algumas personalidades entendidas na área das Comunicações e ainda naquilo que nos era dado observar, poder-se-á afirmar com alguma segurança que, nas décadas de “80” e “90”, a PSP tinha provavelmente a melhor rede de telecomunicações do País, não só em HF como também em UHF.

Durante essa década o Centro de Comunicações era frequentemente visitado por quase todas as personalidades que em visita passavam pelo Comando Geral (hoje D.N.), incluindo o actual Senhor Presidente da República quando era Primeiro-Ministro, o que muito honrava o brioso pessoal das comunicações.

Indicativos

Na peça anterior falou-se da sigla (CSP).
CSP é o indicativo de chamada que foi atribuído à PSP.

Os indicativos de chamada são combinações de caracteres ou palavras que designam de maneira abreviada, um meio de transmissão, uma rede, uma entidade, etc.
Obedecem a uma Convenção.
Exemplo:
Ao Exército foi-lhe atribuída a sigla (CSF); logo, todos os indicativos dos seus postos de rádio, devem designar-se por CSF …
Com os outros ramos das Forças Armadas acontece o mesmo.

No caso da PSP (perante a Convenção Internacional):

C − Trata-se da letra atribuída ao nosso País;
S − A Zona Geográfica onde Portugal se situa;
P − Letra atribuída à Polícia de Segurança Pública.

Se bem me lembro, as duas primeiras letras (C e S) foram atribuídas pela Convenção Internacional das Comunicações. A Letra (P), foi consignada pelo Instituto das Comunicações de Portugal.
A seguir a esta matriz (CSP) os números que se lhe seguem, foram atribuídos pela Direcção Nacional da PSP, através do seu Departamento de Comunicações, que criou uma estrutura harmoniosa de indicativos de chamada que tem perdurado, sem grandes oscilações, há mais de três décadas.

Para as Instituições de Comunicações que regem a consignação de frequências e que analisam o tráfego à escala mundial, não lhes é assim tão difícil localizar uma ou outra estação que não respeite as regras e procedimentos das comunicações, devido à imposição referida, porque em HF (onda curta), o sinal rádio transmitido, nomeadamente em morse, atinge as altas camadas atmosféricas, reflecte-se e chega às zonas mais distantes e recônditas do globo terrestre, dependendo evidentemente da potência do emissor e da frequência utilizada, diurna ou nocturna, conforme os casos, e, essa regra, deverá ser escrupulosamente cumprida, a fim de evitar que, por exemplo, duas ou mais estações utilizem a mesma frequência, interferindo-se, até porque ela só poderá estar atribuída a um utilizador.

As Transmissões na PSP

O Senhor Comissário Principal Aposentado, Albertino Cândido Morais, escreveu na Revista Portuguesa nº. 96, de Nov/Dez, de 1995, um artigo também muito interessante a que deu o título “Breves Apontamentos para a História das Transmissões na PSP”, do qual transcrevo alguns parágrafos:
“Como se sabe, desde tempos remotos que os povos sentiram necessidade de se comunicarem entre si, utilizando para isso, as mais diversas formas de o fazer.
…………………………………………..
Durante o século XIX, com o invento do telefone, foi dado um passo grandioso não só na transmissão de mensagens como no poder de comunicação mais fácil entre as pessoas. Porém, como se deve calcular, o que hoje parece simples, antigamente era difícil e morosa a instalação de uma rede telefónica a qual, dependente de fios estendidos ao ar livre, por dezenas, centenas ou milhares de quilómetros, com facilidade poderia ser interrompida, bastando um simples corte de fios em qualquer ponto do seu traçado …
…………………………………………..
… em Maio de 1947, o único meio de transmissão de mensagens disponíveis entre o Comando Geral e os Comandos Distritais e entre estes e as suas Subunidades, além do correio normal, sempre muito moroso, era pois e somente o telefone.
Decorria o ano de 1946 e através da Imprensa tivemos conhecimento que a PSP iria ser dotada de uma rede rádio para assegurar as suas comunicações.
…………………………………………..
… Nesse mesmo de 1947, é instalado o primeiro equipamento de transmissão e recepção rádio na PSP de Lisboa.
…………………………………………..
Ainda durante o ano de 1947 é instalado o posto de rádio no CD do Porto, seguindo-se logo Coimbra e Castelo Branco.
Já em 1948, surgem as montagens no Comando-Geral, em Setúbal, Faro, Leiria, Évora, Braga, Viseu, Vila Real, Bragança e outros.
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Durante o 2º. Semestre de 1948 e já com todos os postos ou quase todos os postos instalados, foi criada em definitivo a rede rádio da Polícia de Segurança Pública, que passou a usar a designação de Rede (CSP)
…………………………………………..
Às horas indicadas, o posto director fazia a chamada geral sempre em grafia, lançava o QTR (hora exacta) começando de imediato por chamar, por ordem numérica, cada um dos postos, que normalmente se limitavam a confirmar a sua presença, repetindo o QTR e anunciando, desde logo, qualquer mensagem que tivesse para transmitir, indicando, antecipadamente, a quem se destinava.
…………………………………………..
…já nos meados dos anos 50, mais concretamente (1959/1960) que as transmissões na PSP sofreram grande incremento.
…………………………………………..
Todavia, é nos finais dos anos 80 e princípio dos anos 90 que a PSP consegue que o pessoal apeado seja dotado de material rádio que lhe permite um contacto com a sua Esquadra ou Departamento Policial, deixando por isso de se sentir só e abandonado à sua sorte, como durante muitos anos sucedeu.
Bem haja, pois, a todos aqueles que, de qualquer modo, possam ter contribuído para que as transmissões na PSP sejam hoje um meio eficiente e indispensável, nas honrosas e múltiplas funções que a PSP vem desempenhando em prol e na defesa do bem-estar das populações”.

A imagem anterior mostra diversos tipos de chaves de morse; todas elas ajustáveis ao gosto de cada operador.
(Da colecção de Paulo Burnay de Mendonça – Revista – Clube do Coleccionador Set 2004). Que refere: “O Código Morse continua a ser usado, por simples gozo, da Onda Média às Microndas. Em comunicações terrestres e via satélite, em paralelo com todos os outros métodos de transmissão digital permitidos aos radioamadores. Mas o prazer de contactar com todo o mundo com um pequeno rádio com menos potência que uma lampadazinha de árvore de Natal só é possível em telegrafia”



Recordo que recebia, em Angola (1961/63), o noticiário português em morse, transmitido (frequência 9 412,5 KHz ?) pela “Press Lusitânia para o Império Português”, a uma velocidade compreendida entre 85 a 100 caracteres por minuto.

Diversos Tipos de Chaves de Morse


Simbologia dos Caracteres

O Quadro anterior é elucidativo acerca da simbologia dos caracteres. Refere os sinais convencionais correspondentes a cada uma das letras do alfabeto, dos algarismos e dos sinais de pontuação; dá também uma dica relacionada com o modo de proceder quanto a uma iniciação. Tem ainda o alfabeto Fonético, utilizado nas comunicações radiotelefónicas e nas mensagens transmitidas em fonia.
Os Códigos dos “QQ” e dos “ZZ”:
Destinam-se a associar, segundo as necessidades, quando em comunicação e no sentido de encurtar a pergunta ou a resposta. O número de códigos convencionais ultrapassa uma centena. Contudo, o número dos códigos mais utilizados não ultrapassava o número de vinte. O código dos “ZZ” era mais utilizado pelas forças armadas e de segurança e código dos “QQ”, em alguns casos também pelas mesmas entidades e ainda por marinhas mercantes, radioamadores, etc.
Exemplo do significado de alguns códigos:
ZUE – Afirmativo;
ZUG – Negativo;
QAP – Deve ouvir ou passar à escuta em … KHz (ou em canal …);
QRK – Qual a perceptibilidade dos meus sinais? …
QTR – … A hora exacta …

Nota: De referir que as polícias dos E.U.A. usam nas suas comunicações radiotelefónicas o “Code Ten” (Código dos Dez).
Exemplo:
10.1 - Sinal fraco;
10.2 - Sinal bom;
10.4 - Afirmativo;
10.10 - Negativo
10.20 - Qual a sua localização?
10.33 - Peço ajuda rápida;
10.45 - Reboque.
etc.

Quadro - Código Morse


Samuel MORSE

Samuel Finley Breese Morse (1791-1872). Inventor e pintor norte-americano, nasceu em Charlestown (Estado Mass.). Foi um dos fundadores da Academia Nacional de Desenho e professor de pintura e escultura na Universidade de Nova Iorque.
Durante uma viagem à Europa, em 1832, e como consequência de conversações efectuadas sobre electricidade com Charles Jackson, concebeu a ideia do telégrafo e registo magnético. Desenhou os diagramas de um aparelho emissor e de outro receptor e idealizou o sistema de pontos e traços que, aperfeiçoado, se tornou no Código Morse.
Em 1843, o Congresso aprovou uma subvenção para a linha experimental que Cornell estabeleceu entre Washington e Baltimore e, um ano mais tarde, Morse enviou da sala do Supremo Tribunal a histórica mensagem “What hath God Wrought!” (O que Deus fez!). Tendo registado a patente do seu invento em 1837, viu-se, no entanto, envolvido em inúmeras questões relacionadas com a sua utilização pública.
(Grande Enciclopédia Universal – Edita Durclub, S.A. – Edição Correio da Manhã)

O meu artigo (cont.)

“Desde sempre a Humanidade necessitou de comunicar entre si. Daí que, ao nível mítico, a importância da comunicação fosse simbolizada por um deus – Hermes. Um deus pré-helénico que absorveu entre si outros deuses, espelho de tantos outros mitos e cultos conforme consta dos hinos homéricos.
Segundo alguns poetas antigos, Júpiter = Zeus e, segundo outros, Mercúrio (romano) = Hermes (grego). Mercúrio – Filho de Júpiter e de Maia. Deus da eloquência, do comércio e dos ladrões. Era o Mensageiro dos Deuses, particularmente de Júpiter (que, para haver maior rapidez na execução das suas ordens, lhe pegara asas na cabeça e nos calcanhares). Representa-se, em regra, com um caduceu (vara que Apolo entregara a Mercúrio) na mão.
Era proverbial a sua rapidez e, por isso, os poetas e os escultores concederam-lhe asas e as suas sandálias de ouro eram o meio de transporte clássico por excelência, marcando, por isso, uma etapa mítica importante na comunicação internacional e na civilização.
Em honra ao Mercúrio romano, equiparado ao Hermes grego, os comerciantes de Roma no ano de 495 a. C., consagraram-lhe o seu primeiro templo. Ganha também aqui a denominação de deus das medidas e dos números, da escrita, da representação gráfica e das bibliotecas, o que revela o oculto e autor de escritos antigos, portanto, um deus da Comunicação.

A invenção da escrita foi, na história da Humanidade, acompanhada pela transmissão rápida de mensagens mais simplificadas, graças ao novo meio de transmissão – o papiro – as folhas fabricadas a partir do miolo das plantas do papiro, fizeram chegar até nós fragmentos que contêm escritos que têm resistido até aos nossos dias.
A vida dos antigos egípcios é-nos comunicada através de papiros onde se tem a sensação de que este povo foi dos mais sensíveis às artes mágicas e mais vulneráveis às superstições.
Os papiros do Egipto transmitem-nos os testemunhos mais antigos da historiografia e da literatura gregas e oferecem-nos uma perspectiva riquíssima sobre uma misteriosa civilização que continua a desvendar algumas chaves da nossa civilização.

É com Júlio César, imperador romano, no ano de 59 a. C. que um boletim oficial começa a circular pelas remotas províncias daquele vasto império. Os boletins que se seguiram foram evoluindo, transformaram-se em jornais, e deram um passo significativo com a invenção da imprensa por Gutenberg.



O progresso das fases de evolução das comunicações poderá ser escalonado por vários períodos distintos.

O 1º Período situa-se sensivelmente até 1860.
Até esta época os principais meios de comunicações eram os mensageiros, os sinais visuais e sonoros e os pombos-correios; estes um dos meios que até então proporcionava ligações relativamente rápidas e a longa distância.
Curiosamente encontramos na história das nossas telecomunicações o telégrafo de bolas que foi utilizado pelas tropas luso-britânicas, durante a guerra peninsular (1810/1911).
O sistema instalado nas Linhas de Torres Vedras consistia num conjunto de meios ópticos com estações semafóricas operadas por portugueses e estações telegráficas guarnecidas por ingleses, utilizando o telégrafo de balões e bandeiras.
Os telégrafos de bolas estavam instalados em 5 locais estratégicos: Alhandra, Sobral de Monte Agraço, Nossa Senhora do Socorro, Torres Vedras e Ponta do Rol e, comunicavam entre si, com alguma rapidez, à distância de dez a doze quilómetros.
Este tipo de equipamento, que permitia formar números até 10.000, era constituído por um mastro e uma verga à qual as bolas cor branca e preta com 50 cm de diâmetro, cheias de areia eram suspensas por cordas de cor escura que funcionavam em roldanas subindo ou descendo as bolas fixando-as em duas alturas diferentes; as cinco bolas que ficavam colocadas na linha junto à verga indicavam as unidades de um a cinco a contar da direita para a esquerda; as cinco bolas que ficavam colocadas abaixo dessas, uma linha inferior, indicavam as dezenas de 10 a 50.
A extremidade da verga do lado esquerdo do mastro serviria possivelmente para transmitir códigos especiais.
A extremidade superior do mastro era utilizada para fazer combinações, com uma bola pendurada e com uma bandeira e/ou um galhardete que permitia os números de 100 a 900.
O vocabulário usado nos telégrafos era aquele que se usava na marinha ao qual se acrescentam várias frases ou expressões breves referentes ao serviço em terra.
O código usado era constituído por caracteres numéricos que correspondiam às ditas frases ou expressões breves.



O 2º. Período podê-lo-emos enquadrar entre 1860 a 1900.
Dá-se o aparecimento da energia eléctrica e o aperfeiçoamento do telégrafo.
Instalam-se os primeiros circuitos filares entre terminais.
Foi HERTZ o primeiro homem a produzir e a estudar as ondas electromagnéticas (séc. XIX) dando o seu nome a uma unidade de frequência (também chamado ciclo); sem os seus estudos não teriam sido possíveis a rádio e a televisão. Neste âmbito, os inventores sucederam-se em muito pouco tempo e não tardaram a surgir outros, como por exemplo: MORSE, que, tendo imaginado a actualização do telégrafo, levou a cabo o seu invento. A primeira demonstração, por meio do código morse, foi feita na Universidade de Nova York, mas o primeiro telegrama, através de cabo submarino, só foi enviado de Washington para Baltimore (45 Km), embora com alguma dificuldade.
M − − O − − − R ∙ − ∙ S ∙ ∙ ∙ E ∙



O 3º. Período enquadra-se entre 1900 e 1920.
O inventor, MARCONI, utilizava os trabalhos de Hertz e de outros, sobre a propagação das ondas electromagnéticas e consegue a comunicação por telegrafia sem fios (TSF).
O aparecimento da TSF assinala este novo período. Foram estabelecidos os primeiros contactos por rádio entre a Europa e os Estados Unidos. O cabo submarino também faz aqui a sua aparição.
Neste período a velocidade das comunicações é já relativamente elevada.
Registe-se que as comunicações em grafia (morse) duraram quase um século sem grande desvanecimento mas hoje estão a ser ultrapassadas por outros meios de transmissões mais rápidos, mais preciosos e mais autênticos.



O 4º. Período situa-se entre 1918 e 1945.
Trata-se de um período de enormes tensões mundiais. Precisamente entre o fim da 1ª. Guerra Mundial e o fim da 2ª Guerra Mundial. Neste período deram-se os maiores progressos na história das transmissões e electrónica, se excluirmos os satélites, os sistemas digitais e as transmissões ópticas.
Até 1963 as telecomunicações continuaram a avançar prodigiosamente. Actualmente existem esforços de investigação que se orientam para complementar os processos convencionais já existentes e permitir processos múltiplos num mesmo circuito através da multiplexagem, ou seja: Fonia, teleimpressora, dados, fax, TV, etc.
Tirar partido dos meios de transmissões já existentes e doutros mais aperfeiçoados é o objectivo, tais como “difusão ionosférica”, satélites dispondo de centenas, ou mesmo de milhares de canais de transmissões simultâneas em posição fixa sobre o globo terrestre (órbita geo-estacionária) ou em órbitas móveis.
Muitos são os meios de transmissão mais modernos:
O Bip-Bip que é um sistema de transmissão unidireccional, via rádio, de avisos codificados, que são recebidos por pequenos receptores portáteis e interpretados por critérios concebidos previamente.
A Fibra Óptica que comunica pelo envio de impulsos de luz em pequenas linhas de quartzo, com precisão, rapidez e fidelidade.
A Televisão é o grande meio de comunicação do nosso tempo. Pode explicar-se assim: a formação de uma imagem numa tela correspondente a particulares distribuições de intensidade de luz nas várias partes do ecrã. O movimento da imagem nasce de vibração dessas intensidades no tempo.
O Laser que produz um intenso raio de luz altamente dirigível. Um destes raios é capaz de transmitir chamadas telefónicas ou emissões televisivas dez mil vezes superiores às actuais microndas.
O Satélite artificial é um meio de transmissão que gira no espaço à volta de um corpo celeste que segue uma órbita fixa. Está na crista da onda das comunicações.
Quem não se lembra da reportagem do Centro Espacial de Houston (Texas)? “− Os astronautas já estão verdadeiramente no outro mundo – salientou o informador da NASA, momentos depois da espectacular transmissão directa de TV, da nave espacial Apolo-8 para a Terra. Seguiram-se imagens verdadeiramente sensacionais, do globo terrestre, a uma distância de 334 mil quilómetros).
Manuel Valadas Horta “.
Nota: Este artigo data do ano de 1990! Hoje, o telefone, a rádio a fotografia, a televisão, o radar, o telemóvel, a Internet, etc., deram passos gigantescos que permitem criar e manter entre indivíduos hábitos sociais e a estimular modas e novidades.

Telégrafo de Bolas


Chave de Morse e Vibrador


Hermes


O meu artigo

Publicado na Revista Polícia Portuguesa, nº. 65, de 1990, encontra-se um artigo que escrevi, com o título:
“Os Caminhos da Comunicação através dos Tempos”, que transcrevo, a seguir às imagens do mítico Hermes, de uma chave de morse ligada a um vibrador (oscilador) e do telégrafo de bolas utilizado pelas tropas luso-britânicas na guerra peninsular.

As Comunicações

A comunicação foi-se adaptando aos diversos níveis de cultura, desde a mímica primitiva até à complicada difusão da mensagem por meio de aparelhos electrónicos.
Um grande impulso dado à comunicação foi a invenção da escrita.
Entre os primitivos processos de comunicação encontra-se, além do uso de corredores a pé, a utilização de cavaleiros, do pombo-correio, etc.
Mas foram os progressos realizados nos meios técnicos, a partir de meados do século XIX, que superaram todas as marcas na apaixonante carreira da intercomunicação. Entre eles sobressaem o alfabeto Morse; com ele, o cabo submarino constituiu um importante meio de comunicação intercontinental.

Um Nome

Há muita vida por detrás de um nome!

O meu antigo professor, Subintendente Manuel dos Reis, aposentado, é para mim um referencial importante de como estar na vida e nas funções policiais que exerceu.

É uma figura da primeira linha de polícias que marcaram a segunda metade do século passado. De uma cultura geral impressionante. Possui um vasto conhecimento no âmbito das ciências policiais, aliado a dotes oratórios fora do comum.

Os Estabelecimentos de Ensino da Polícia, nomeadamente a Escola Prática de Polícia (e não só), devem-lhe muito. O número de disciplinas desta Escola ultrapassava as trinta e muitas. Nas disciplinas que leccionava e foram muitas, era esforçado no trabalho que desenvolvia com os seus alunos, exigindo-lhes uma total entrega e aplicação. Adversário de hipócritas mas de lhaneza de trato impressionante que dialogava com os alunos de igual para igual. Quantos, dos que foram seus alunos, não se lembrarão, quando frequentavam as suas aulas em que as mesmas decorriam em verdadeiro diálogo, sem que se quebrasse a disciplina e o respeito entre o Mestre e os alunos. Os seus ensinamentos pautavam as suas vidas com a disciplina que lhes incutia.
Um homem justo, uma mente brilhante e um organizador nato. Um grande Mestre.

Foi o primeiro polícia a atingir, por escolha, o posto de Subintendente. O número de louvores que lhe foram conferidos é impressionante. Teria chegado, sem favor, muito próximo do topo da pirâmide policial se o estatuto de então o tivesse permitido.
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Muito a propósito!
Interessante o que o meu amigo Professor Tapadinhas refere no seu Livro "NOS TRILHOS DA PEDAGOGIA - de Aldeia Galega a Montijo - Autor: Dr. Joaquim Carreira Tapadinhas":
"............... Os valores alteram-se substituem-se, com uma cadência tal, que, de permeio, no espaço das vivências, deixam algum vazio. Para muitos, o passado foi ontem e só o dia de hoje interessa. Por isso, a História é coisa de saudosistas, de gente que não se actualizou. E, é pena que assim seja, porque é um mau exemplo para filhos e netos. Mas é. Esquecem, ou nunca se aperceberam, que o HOMEM, tal como as árvores, só sobrevive com raízes".

terça-feira, 11 de março de 2008

Comentários

O meu Caríssimo Amigo NObre de CAmpos (NOCA), ilustre Oficial da GNR, na situação de aposentação, ex-Alferes da Companhia de Caçadores 115 – Angola, a que ambos pertencemos, foi a primeira pessoa a fazer os seus Comentários no meu Blog. Fantástico!!!
Clicar sobre os títulos: “Advertência” ou “Percurso Evolutivo - Síntese” e os comentários lá estão.
Deu-me os parabéns pela iniciativa e também, num deles, apresentou a sua sugestão: “daria ao blog um título mais sintético”.
Nada mais pertinente. Aceito! Só que, como sabes, nessa altura, o comboio já “assobiava” pela linha!...
NOCA: Tiveste razão no comentário que fizeste. Peço-te que continues a comentar. Sinceramente agradeço.
Um abraço do VALHOR
INFO: O meu amigo NOCA criou também um Bloguer (ainda na fase inicial), relacionado com a sua vida militar, nomeadamente com a actividade da CC 115. Eu próprio, também estou a colaborar no seu blog, com uns episódios avulsos. Com a devida autorização do autor, divulgo o seu endereço:
http://noca-wwwcc115.blogspot.com

quarta-feira, 5 de março de 2008

Convívios

Os convívios entre pessoas que trabalharam uma vida lado a lado são, para mim, muito importantes. Aí se relatam as memórias que não esquecem e que é importante não deixar esquecer! É bom relembrar os bons momentos vividos em comum.

Recordar é viver; o tempo de vida é algo muito precioso porque o período que nos é concedido para viver acaba por se esgotar; somos programados para não viver eternamente e de também não ir tão longe em termos de longevidade como o patriarca Matusalém (que terá vivido 969 anos!...) e, por conseguinte, há que esquecer imagens negativas e desfrutar de tudo quanto nos for favorável ao longo da nossa existência.

Não vale a pena pretendermos enganar o tempo! Ele passa. Está a passar! Num ápice, os sonhos de outrora ou concretizaram-se ou ... ficaram para trás.

Almoçar bem e ter a sensação confortável de que ao nosso lado está um amigo, é extraordinário.


Almoços de confraternização a que normalmente compareço:

Da Companhia de Caçadores 115 – Angola. A estes almoços somente faltei uma vez (mas, ainda assim, o meu amigo Vítor Hugo, não se esqueceu de mim. Enviou-me a lembrança alusiva ao evento);

Do núcleo de Telefones do Estado (antigos responsáveis pela RTG – Ministério das Obras Públicas, Telecom e PSP). Este convívio que se realiza quase sempre durante a Quadra Natalícia é organizado pela Dª. Isabel Ribeiro da Silva e pelo Sr. Engenheiro José de Oliveira (RDP);

Do Departamento de Comunicações da Direcção Nacional da PSP, sempre que posso;


Da Esquadra da PSP do Montijo. Os elementos da PSP que em tempos estiveram colocados nesta Esquadra, organizam todos os anos um almoço de confraternização;


Da Associação Nacional de Aposentados da Polícia, todos os anos;


Dos Oficiais Aposentados da PSP
Ano/Localidade do evento/Organizadores:
2000 - Lisboa - Valadas Horta; Adriano Ferreira
2000 - Montijo - Valadas Horta; Miranda Magalhães
2001 - Lisboa - Bispo Pratas; M. M. Santos; Encarnação Trindade
2002 - Caldas Rainha - Dinis Baroso; Par. Venâncio; Filipe Costa; F. Madeira
2003 - Coimbra - Mário Silva
2004 - Aveiro - Bastião Novo; Ascendino Pires; Virgílio Campante
2005 - Viseu - José Lopes Coimbra
2006 - Porto (Gaia) - José M. Batista; Ribeiro Pinto; Aurélio Peixoto
2007 - Setúbal - Valadas Horta; M. Simões; Borralho; Estanqueiro

O “Convívio/2008”, será provavelmente no Fundão e terá como organizadores:
- Milheiro Pêga
- José Farropas
- Matos Nogueira
- Esteves Pereira
- Escarigo Ribeiro
- Santos Parente.

Em tempo: O X Convívio realizar-se-á no dia 07Jun2008, no Restaurante "Mira Serra" - Estrada Nacional 18, lugar da Catraia, próximo da Aldeia Histórica de Castelo Novo - Fundão.

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Comentários

JCastro disse...

"Muito bem; finalmente consegui ter tempo par ver o seu blog. Está magnífico, aliás outra coisa não seria de esperar, de um oficial competentíssimo, consciente do seu papel, nesta Instituição que por vezes tão maltratada, mal compreendida e por vezes ainda tão mal servida, mas que com pessoas como o senhor, de certeza absoluta, seríamos vistos, de uma outra forma. É com um enorme prazer que digo que servi com imenso orgulho esta Instituição, mais precisamente no serviço de comunicações, chefiado pelo autor deste excelentíssimo blog, o qual me incutiu, muitos dos conhecimentos que aliás hoje aplico ao serviço da nossa Instituição.

Parabéns e muita felicidades

JCastro"

18 de Março de 2008 12:09

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Maria José disse...

"Já dei com o seu blog e vi a sua fotografia; está cada vez mais novo. Uma boa Páscoa e um abraço do Velho das Cabrinhas... (Luís Fernandes). Já agora, conhece o Eduardo e a Eduarda Estevens? A filha é amiga da minha nora".

21 de Março de 2008 19:01

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plastic disse...

"Este ano o convívio da Esquadra do Montijo, foi na Ericeira, com vista a Mafra e Sobreiro com almoço e lanche.

Muitos parabéns pelo Blog, gostei muito

Rui Rosa e esposa"

6 de Abril de 2008 15:42

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A Aposentação

A velocidade da mudança lança para o esquecimento um passado cheio de recordações e de bons momentos para aqueles que trabalhavam e amavam as suas profissões; sentem hoje a nostalgia de que a sua profissão já não existe ou pura e simplesmente, perdeu a importância de outrora, sendo hoje residual. Essa mesma mudança, é muitas vezes, feita da dor individual que a comunidade não sente.

Muito se tem falado e escrito sobre a aposentação. Porém, penso que a versão que mais se aproxima da realidade é aquela que refere que a aposentação ao limite de idade é, quase sempre, o fim de uma etapa e o começo de outra. Esta última, porventura, menos longa. Falando da Instituição Policial, e para aqueles que nela foram “menino e moço”, estarão revivendo aquilo que durante uma ou duas gerações foi o seu mister, escolhido ou determinado pelas circunstâncias da vida – uma profissão coisa que qualquer homem ou mulher necessita de ter. Todas são dignas, desde que exercidas com entusiasmo e amor. Quase ninguém nega que o reformado constitui para a sociedade em geral um peso ou qualquer coisa que já não rende, pouco vale e relativamente quase não interessa, salvo, claro está, em determinados momentos da vida nacional (eleições). Esqueceram-no o patrão (Estado ou Empresa), quase o ignoram os colegas de trabalho, alheiam-se dele as estruturas e, com o tempo, a inflação leva-o à míngua, olvidado, também pela Caixa Geral de Aposentações ou qualquer organização afim.

Contudo, não podemos nem devemos generalizar tal afirmação, a propósito do alheamento das estruturas patronais ou empresarias; existem excepções e gestos de solidariedade que convém referir. Comigo, por exemplo, aconteceu o seguinte: Imediatamente a ter passado à situação de aposentação, trabalhei durante três anos como assessor na ex-Delegação Distrital de Protecção Civil de Setúbal. Almoçava num restaurante que se situa nas proximidades do Comando da Polícia daquela cidade. Num determinado dia, em conversa informal com o Comandante da PSP local, Sr. Superintendente Francisco Ascenção Santos, fui convidado para passar a almoçar nas instalações daquele comando, e, da conversa que então tivemos, lembro as palavras proferidas pelo Comandante: “ O Senhor vai passar a almoçar connosco no Comando; dar-nos-á muita alegria, se aceitar!” Claro! Aceitei. Agradeci-lhe, não só pelo gesto de solidariedade que teve para comigo mas também porque permitia que, à hora do almoço, se passasse um bom momento de cavaqueira entre elementos da Instituição. Também não esqueço os convites que me fez para estar presente em algumas cerimónias oficiais, como por exemplo: “o dia da PSP de Setúbal”, as quadras festivas de Natal, etc. Eternamente grato, Senhor Superintendente-Chefe Francisco Santos! Fica aqui o meu agradecimento público. E, depois deste agradecimento que devia ao Senhor Superintendente-Chefe, devo lembrar também que o acolhimento que tive naquele Comando por parte de todas as pessoas com quem convivi foi fantástico; e, para corroborar esta minha afirmação devo dizer que, a partir de então, mantenho um relacionamento extraordinário com o então 2º. Comandante, Senhor Intendente José Martins Cruz, não obstante ele ter saído de Setúbal para ir comandar Portalegre, posteriormente para Castelo Branco e de, presentemente, ser o Comandante da Polícia de Viana do Castelo.

Resumindo: Se, por vezes, as estruturas esquecem o aposentado, também não é menos verdade que o aposentado se começa a afastar dos antigos colegas e do próprio local de trabalho, concorrendo para que esse “divórcio” seja uma realidade, o que é pena!

Já declamava o poeta

“…Les gouvernements passent;
Les sociétés perissents;
La Police est eternelle!”
Balsac ( 1 )
( 1 ) Honoré de BALSAC (1799-1850). Romancista francês.

“…
E folgarás de veres a Polícia
Portuguesa na paz e na milícia” ( 2 )


( 2 ) Luís de CAMÕES – Lusíadas, VII, 72.

Convite

Já fui convidado algumas vezes pelo Senhor Director Nacional da PSP, para assistir ao Concerto de Gala que se realiza anualmente no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.
O Concerto de Gala levado a efeito pela Banda Sinfónica da PSP tem qualidade. É espectacular. O reconhecimento público do seu mérito é notório. Parabéns ao actual Maestro Titular, o Subintendente Ernesto Esteves.

Grato! Senhor Director Nacional. A minha palavra especial de agradecimento.





Maestro!
Lembra-se do V/Artigo publicado na Revista P. P.?
Começa assim:
“MÚSICA! Herança sagrada de Apolo. Linguagem misteriosa tão carregada de magia e tão rica de encantamentos que as nove Musas (deusas da inspiração), não obstante a diversidade das suas missões, quiseram servir-lhe de madrinhas e reservaram-lhe o privilégio de perpetuar o seu nome.
…………………………………………………………………………………………….
O encanto, a beleza, o mistério da Música foi sempre apreciado pelos povos antigos.
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A Banda da PSP tem sido, para além de divulgadora musical num País com poucas orquestras e bandas profissionais, e muito menos bandas sinfónicas, embaixadora duma Polícia de Segurança Pública nova, dinâmica e interessada .........

terça-feira, 4 de março de 2008

Banda Sinfónica e Hino da PSP


O CP actual


O CP a seguir ao VW


O vetusto CP


Carros Patrulha

Lembram-se do “Nívea”? O velho Volkswagen que percorria o país de lés a lés e que andou milhões de Kilómetros a policiar as ruas das cidades e vilas durante dezenas de anos? Estou convencido de que não houve nenhuma artéria dos grandes aglomerados populacionais com acesso a veículos de quatro rodas onde o “Nívea” não tenha estado.
Um veículo respeitável pela sua antiguidade e ainda devido ao facto de ter sido o primeiro Carro Patrulha da PSP.
Outros se lhe seguiram e continuarão a seguir. O tempo não pára e as novas tecnologias também não.

Caixas de Fósforos

No Camião Exposição eram distribuídos aos visitantes brindes alusivos à PSP, conforme é referido na peça. Não faltava a carteirinha de caixas de fósforos com as recomendações mencionadas e a ter em conta no âmbito da prevenção e protecção da habitação e do automóvel.
Estas iniciativas são sempre bem aceites e as instituições que as promovem, não se cansam de as fazer chegar ao grande público, até porque o objectivo é a de criar uma cultura de prevenção indicando os procedimentos a adoptar antes que possa eventualmente acontecer algumas daquelas desagradáveis situações.
Diz um velho ditado que prevenir foi sempre mais eficaz e mais barato que remediar.

Caixas de Fósfors c/ recomendações